Jogador Hulk adere a campanha Vem Cuidar de Mim na PB

quinta-feira, 24 de julho de 2014

 Antes de embarcar para Rússia nesta quarta-feira (23), o jogador paraibano Hulk, foi mais um que aderiu a campanha VEM CUIDAR DE MIM Pelo direito como pais a licença do trabalho para acompanhamento de filho com Câncer, a bandeira de luta é pela inclusão na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, de dispositivo legal para permitir o afastamento do empregado em caso de doença grave de filho ou dependente. Hulk fez questão de divulgar seu apoio através das redes sociais e afirmar a importância dessa campanha iniciada pelo casal João Eduardo e Leila Sales, que descobriram um câncer agressivo na filhinha Maria Luiza de apenas 4 aninhos.

Entenda o caso

Rabdomiosarcoma embrionário. Estava escrito exatamente assim. Rabdomiosarcoma embrionário grau 4. O advogado João Eduardo leu essa expressão por diversas vezes em laudo de biópsia. Rabdomiosarcoma embrionário, de um tipo muito agressivo. João Eduardo não queria acreditar naquele diagnóstico. Não. Ele não estava doente. Nem doente estava a sua esposa, a fisioterapeuta Leila Sales. O rabdomiosarcoma embrionário, tumor maligno de 15 centímetros, estava em sua filha de apenas quatro anos de idade.

O diagnóstico da pequena Maria Luíza ocorreu em maio deste ano, após cirurgia e biópsia realizadas no Hospital Napoleão Laureano, no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa. De lá para cá, já foram três entradas em blocos cirúrgicos e 14 dias de internação em uma UTI. Maria Luíza realiza quimioterapia e passará por radioterapia. Haverá mais uma cirurgia, mês que vem, para a retirada do tumor na área pélvica.

O advogado João Eduardo – abalado emocionalmente quando da descoberta do câncer – encontrou forças para, juntamente com a sua esposa Leila, levantar uma bandeira que representa mais um avanço revolucionário no esquema celetista de trabalho. Ele deu início a uma petição (http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR73163) para garantir aos trabalhadores de empresas privadas uma licença remunerada para que acompanhem o tratamento os filhos acometidos de câncer ou outras doenças graves. É a campanha ‘Vem Cuidar de Mim’.

Em apenas três dias, a petição em versão digital já registrou mais de mil assinaturas. Há, ainda, um abaixo-assinado em versão tradicional rodando em igrejas e órgãos públicos. João Eduardo, que também divulga na Internet uma ‘carta aberta’, quer pressionar deputados federais e senadores para que aprovem a mudança. Ele diz haver um projeto que garante esse benefício. “Dorme em berço esplêndido no Congresso Nacional desde 2011. Quase quatro anos e ainda não houve ainda interesse de colocá-lo em regime de urgência de votação”, lamentou.

O benefício teria a mesma essência da licença-maternidade. Pai, mãe ou responsável pela criança acometida de câncer ou doença grave teria direito a se afastar do trabalho em empresa privada e continuar recebendo os proventos. “A gente acredita que esse projeto deve ser aprovado e sancionado e nós não nos beneficiaremos dele. Precisamos deixar esse legado. Tudo tem um propósito na vida. E essa dor pela qual minha filha e minha família passam hoje tem de servir para alguma coisa. Uma bandeira de luta! São as crianças que precisam dessa presença e desse amor para poderem se submeter ao tratamento, a uma caminhada tão dolorosa, mas que pode ser vitoriosa”, disse o advogado João Eduardo. Abaixo, a entrevista com o advogado que quer modificar a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho):

Qual é a proposta?

A proposta é que o Congresso Federal vote e aprove um projeto de lei que altere a CLT, incluindo a opção para que pais, mães e cuidadores de crianças com câncer ou outras doenças graves tenham direito a licença para acompanhamento do tratamento.

Já há alguns projetos nesse sentido?

Há alguns projetos, um deles do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), o projeto 3011/2011, que dorme em berço esplêndido no Congresso Nacional desde 2011. Quase quatro anos e ainda não houve ainda interesse de colocá-lo em regime de urgência de votação. É um projeto anterior ao caso de sua filha? Bem anterior. Inclusive, a gente acredita que esse projeto deve ser aprovado e sancionado e nós não nos beneficiaremos dele. Precisamos deixar esse legado. Tudo tem um propósito na vida. E essa dor pela qual minha filha e minha família passam hoje tem de servir para alguma coisa. Uma bandeira de luta! Por isso, estamos tentando sensibilizar os senadores, deputados federais e toda a população para que se mobilize e a gente consiga beneficiar essas crianças. São as crianças que precisam dessa presença e desse amor para poderem se submeter ao tratamento, a uma caminhada tão dolorosa, mas que pode ser vitoriosa.

Essa licença seria remunerada?

Seria remunerada. Como a licença-maternidade. Hoje, temos quatro ou seis meses que a mãe tem [licença remunerada] para cuidar de seus filhos.

Como foi a descoberta do diagnóstico do câncer em sua filha?

Foi bastante traumático. Ela começou com um pequeno ardor, que parecia uma infecção urinária. E ao fazer o primeiro exame na pediatra, já sentiu um caroço na barriga dela. Então, fizemos uma ultrassonografia e o mundo caiu. Descobrimos um tumor de 15 centímetros na região pélvica. E aí começou a nossa luta. Já estamos há 60 dias. Minha filha foi internada diversas vezes. Passou 14 dias na UTI. Já entrou três vezes no bloco cirúrgico. Descobrimos dia 15 de maio. A presença de pai e mãe é fundamental para que ela possa se recuperar. Graças aos primeiros apoios que foram dados pelas empresas em que Leila [esposa] trabalha, até porque legalmente elas não têm essa obrigação, Leila está podendo estar com ela. A própria médica diz que esse amor, esse carinho e essa presença representam tudo, aliado às questões científicas, quimioterapia, radioterapia e cirurgias.


O diagnóstico foi rápido…

O diagnóstico saiu dia 15 de maio. A primeira cirurgia, 22 de maio. E o início da quimioterapia, dia 29 de maio. A primeira etapa terá 14 sessões. No meio desse processo haverá mais uma cirurgia para retirada do tumor. É um processo bastante longo. Todos os procedimentos são realizados no Hospital Napoleão Laureano [em João Pessoa] e eu quero aproveitar para enaltecer pelo trabalho belíssimo! Merece o apoio de toda a comunidade. É um trabalho acima de tudo humano.

Ainda com relação à licença remunerada para cuidar de um paciente, há jurisprudência? Descobrimos que em Minas Gerais já houve uma decisão da Justiça, mas uma decisão ao arrepio da lei. Nós entendemos que não existe. O Estatuto da Criança e do Adolescente diz que a mãe e o pai têm o direito de estar ao lado do filho. Ou seja, o ECA obriga o hospital a liberar uma vaga para o acompanhante. Mas, esqueceu de liberar o pai ou a mãe do trabalho para que possa ocupar o espaço. Existe aí o conflito. E a petição na Internet? Já ultrapassamos a marca de mil assinaturas nesta versão digital. Fora os papéis do abaixo-assinado que distribuímos e que estão sendo de forma manual em igrejas e órgãos públicos. O povo está apoiando a nossa iniciativa.

Mudar o regime celetista não é fácil…

Não. Não é. Mas, preciso que a dor da minha filha sirva para alguma coisa. Então, a gente levantou essa bandeira. Já tivemos alguns contatos com deputados. Queremos conversar com eles. Sabemos do momento eleitoral. Que candidatos se prontifiquem e levantem essa bandeira. Porque é uma bandeira que beneficia crianças com câncer. Quem puder visitar o hospital Napoleão Laureano, tenho certeza de que vai aderir à causa.

Do ponto de vista médico, ela está bem assistida?

Sim. Muito bem assistida. Quero parabenizar, mais uma vez, o trabalho realizado na Paraíba. O protocolo adotado no Hospital Napoleão Laureano é o mesmo de hospitais de São Paulo ou Estados Unidos. É referência. Prova disso é que Maria Luiza melhora a cada dia.

Mas, o começo é assustador…

Sim. Nos assustamos muito no começo. Ela tem um tumor agressivo grau 4. Hoje, estamos extremamente esperançosos. Extremamente dispostos a arregaçar as mangas. Quero agradecer, também, o apoio da imprensa. É uma bandeira muito importante. É uma bandeira que vai beneficiar mães que são arrimo de família, que são mães solteiras. Basicamente, as que têm um empregozinho e precisam pedir demissão. É um momento em que o custo de vida aumenta, pois você precisa comprar lenço umedecido, fralda descartável, suplementos alimentares. No momento em que você aumenta os seus gastos, você perde a receita, que é o seu salário. Porque a legislação de nosso país não acoberta os pais e as mães que são cuidadores. Que são as pessoas que farão a grande diferença na cura dessas crianças.

Recebeu apoio da OAB?

Ainda não. Mas, estamos com a campanha na Internet. Sou funcionário público do Estado. Essa lei [que permite a licença remunerada] já existe para servidores públicos, mas ainda é descoberto para servidores de empresas privadas. Leila Sales é fisioterapeuta e trabalha nos hospitais Napoleão Laureano e São Vicente de Paula.

Como a sua filha tem encarado esse processo?

Maria Luiza é uma bênção em nossas vidas. Ela veio iluminar as nossas vidas. Uniu mais ainda a nossa família. Mamá tem um propósito na evangelização, pois tem convertido tantas pessoas só em ver a maneira como ela tem encarado essa situação. A maneira alegre. A maneira feliz. Aceitando tudo isso. Já estivemos muito para baixo. Hoje, estamos tão fortalecidos na fé e nessa corrente de força! O grande problema do câncer é quando a gente para a dimensão da morte. Ela tem quatro anos e ainda não tem essa dimensão.

Ela sabe que tem câncer?

Nós conseguimos colocar para ela que ela tem uma bactéria. E como sempre brincava com isso para fazer com que ela escovasse os dentes. Dizia que era para escovar e não ter bactéria. Então, hoje ela sabe que está com uma bactéria e que vai demorar a sarar. E que ela precisa se submeter ao tratamento. No início não, mas hoje ela já chega no [Hospital Napoleão] Laureano e já coloca o bracinho sem ninguém insistir. Já leva a aplicação [quimioterapia] e já faz o exame de sangue. Aceitou a queda do cabelo! Sabe que só voltará a crescer quando acabar esse tratamento. Não tem vergonha. Não recebe tantas visitas de amiguinhos porque nesse período a imunidade cai, mas ela precisa estar socializada. Temos fé de que tudo terminará muito bem!


Fonte: PB Agora

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